João Alves de Torres Filho ou
Joãozinho da Goméia -
sacerdote do
Candomblé de angola, nasceu em
27 de Março de
1914, na cidade de
Inhambupe, a 153 quilômetros de
Salvador,
Bahia e morreu em 19 de Março de 1971 em
São Paulo, durante uma
cirurgia para retirada de um tumor cerebral. Existem muitas histórias sobre Joãozinho da Goméia."De família católica, chegou a ser
coroinha, mas por motivo de saúde, ainda menino
João Alves Torres Filho foi iniciado para o mundo do
candomblé na
feitura de santo pelo Pai
Severiano Manuel. Com a morte de seu Pai-de Santo, "refez" o santo no terreiro do Gantois com Mãe Menininha, mudando da nação angola para ketu. Em 1924 aos 10 anos, o garoto já havia dado mostras de sua
personalidade forte. Contra a vontade dos pais, deixou a casa da família para tentar a sorte na capital
Salvador. Teve que se virar para sobreviver e foi trabalhar num armazém de secos e molhados, onde conheceu e foi apadrinhado por uma senhora que morava na Liberdade, e que ele considerava sua madrinha. Foi essa senhora quem teve a idéia de levá-lo ao
terreiro de
Severiano Manoel de Abreu, conhecido como
Jubiabá (nome do seu
caboclo). Joãozinho sofria de fortes dores de cabeça, que não eram explicadas, nem curadas pelos médicos. Também tinha sonhos com "um homem cheio de penas", que não o deixava dormir.
Para os adeptos do Candomblé, é facil interpretar esse "homem de penas" como
Pedra Preta, seu
caboclo. Bastou que ele fosse feito, no dia 21 de dezembro de 1931, para que as dores fossem embora. Elas seriam somente um aviso dos
Minkisi, que cobravam a
iniciação do menino.
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